quinta-feira, 19 de maio de 2011

Cultura e Política - Imprensa Livre

Já existiu imprensa "livre" neste Brasil
O jornal O Pasquim foi um semanário, formato tablóide, editado entre junho de 1969 e novembro de 91. Em plena ditadura militar foi um instrumento de combate ao regime e à censura, com bom humor. Inicialmente era impresso no Rio de Janeiro. Feito por Paulo Francis, Tarso de Castro, Jaguar, Ziraldo, Millôr Fernandes, Henfil, Ivan Lessa, Ferreira Gullar, Sérgio Cabral, Flávio Rangel e muitos outros. De vez em quando, a polícia prendia editores e leitores.

Em Jundiaí, geralmente o Pasquim chegava com um mês de atraso e só as edições não censuradas. Era só ter foto dos compositores Caetano Veloso ou Geraldo Vandré, que a censura proibia aquela edição. Os agentes de censura não autorizavam também qualquer charge com militares. No caso de Caetano, os militares viajaram na maionese porque o baiano nunca foi um perigo nem pra esquerda nem pra direita, muito pelo contrário... Bons tempos aqueles em que o "jornaleco" em preto e branco, recheado de charges e com fotos da musa Leila Diniz seminua, era disputado a tapa pelos estudantes.





Galdino Mesquita é jornalista, roteirista e produtor de TV, professor de redação e jornalismo com especialização em Educação Ambiental.
O quadro Cultura e política é o espaço do debate cultural e político
Nossa intenção é gerar discussões que discorram sobre a origem de movimentos políticos e culturais e que exerceram de alguma forma influência em nosso jeito de exercer cidadania, política e claro, cultura nos dias de hoje. Toda quinta-feira! Acompanhe!

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